
Refletindo sobre ele descobri que o cansaço traz consigo algumas coisas positivas, senão vejamos: sempre que converso com outra pessoa cansada ela faz questão de enaltecer o cansaço pelas suas muitas responsabilidades e desafios, ou seja, o cansaço se deve a algo maior, a algo que ninguém mais poderia fazer em seu lugar, algo que cabe a você, a sua missão.
Os cansados se vangloriam do seu próprio cansaço como o resultado do engajamento e do trabalho concluído a cada dia. Eles tem o direito de comer, se fartar e desfrutar do prazer das suas conquistas. Assim Paulo ensinou em forma contrária dizendo aos preguiçosos que não comessem se não quizessem trabalhar. E quem não trabalha não se cansa.
Na maioria das vezes o cansaço é o preço a ser pago quando nos propomos a fazer algo mais ou extraordinário. Como já ensinava o sábio “não há preço a ser pago para fazer coisas ordinárias (comuns)”.
Além dos aspectos positivos o cansaço traz consigo oportunidades. Oportunidade de assaltar a geladeira nas insônias da madrugada; oportunidade de orar e meditar depois da refeição básica das 3 da manhã; oportunidade de apreciar o cochilo no sofá depois do almoço de domingo; oportunidade de desfrutar os momentos tranquilos com mais intensidade; oportunidade de merecer o trabalho e as responsabilidades colocadas sobre nós. E eu posso te garantir que tenho usufruído sobremaneira dessas oportunidades que o cansaço me dá.
O ponto é que o cansaço dá trabalho... ou o trabalho cansa, sei lá.
Minha única questão é que não consigo usufruir da melhor de todas as oportunidades do cansaço, descansar. Não que eu não saiba em Quem eu deveria.