sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Como se fosse a primeira vez


Assim como na maioria dos lares curitibanos a programação de um dia preguiçoso lá em casa passa pela vídeo locadora. Geralmente o enviado a missão especial de escolher os filmes é esse que vos escreve. Como repito essa alegre rotina já fazem alguns anos, meu desafio não é assim tão difícil. A lista segue a seguinte lógica: um desenho para o João, uma ficção ou drama com um bom roteiro para mim (geralmente não acerto a mão porque acredito na sinopse) e como eu costumo falar... um água com açúcar para a Jô (água com açúcar = comédia romântica).

A algum tempo atrás um “água com açúcar” me chamou a atenção. Assistimos ao filme “Como se fosse a primeira vez” com o Adam Sandler e a Drew Barrymore. No roteiro um cara que se apaixona por uma mulher que sofre de perda da memória recente. Resultado: a difícil tarefa de reconquistá-la todo o dia; daí o título “Como se fosse a primeira vez”.

Quando assisti o filme me lembrei de algumas frases:

“Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro.”

“Porque serei misericordioso para com suas iniqüidades, E de seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais.”

“E jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniqüidades.”

“As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; Novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade.”

Novas são cada manhã! Se já é difícil imaginar que alguém possa ter tanta paciência e determinação a ponto de conquistar a mesma mulher toda manhã, como é possível imaginar que um Deus tenha tanto amor a ponto de me perdoar e se esquecer dos meus pecados a cada novo dia? Será possível um Deus assim? Impossível... eu não diria com tanta certeza antes de conhecê-lo pessoalmente.

Um Deus que sofre de perda de memória por amor... que tal?

O grupo New Song tem uma canção que diz “antes que o dia acorde eu quero parar e dizer que Te amo”. Talvez seja o mínimo que possamos fazer em retribuição a essa bendita rotina de esquecimento.

O amar, aceitar, adorar e convidá-lo para a ceia... todos os dias como se fosse a primeira vez.

Ele consegue... e nós?

Um comentário:

George Bettini disse...

As vezes acho que temos "esquecimentos" compulsivos. Esqueçemos que erramos, que julgamos mal as pessoas, que nos colocamos acima dos demais. Esqueçemos de perdoar e somente pedimos perdão. Realmente, somente Deus consegue nos perdoar de nossos esquecimentos. Vou me lembrar mais destas coisas.