terça-feira, 17 de agosto de 2010

Qualquer semelhança - parte 2

Longe dali, um pouco mais cedo, Erivelton e Teresa saem de casa a pé. Pedrinho e Ana acompanham os pais de longe enquanto brincam com as pedras que apanham na rua de chão batido.

- “Querida, quer que eu leve esse balde para você?”

- “Não amor, não se preocupe. Não está pesado”.

- “Uma chuva caía bem, não acha? Nesse verão a poeira aumenta quando os carros passam e o salão fica muito sujo”.

- “Também acho. O problema é que se chover o pessoal não aparece”.

A rotina era a mesma de sempre: chegar um pouco mais cedo, limpar o chão, arrumar as cadeiras e tirar o pó das janelas. Mas isso não os incomodava. Aquela noite seria como todas as outras e Ele estaria lá.

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