terça-feira, 24 de agosto de 2010

Qualquer semelhança - parte 3

O evento começou e o que se via era uma multidão tentando chegar mais perto. Um lugar para se sentar parecia impossível mas ela seguiu com determinação, porém, o máximo que conseguiu foi um espaço no corredor lateral onde ficaria em pé por algumas horas.

O tempo passava rapidamente e ele ainda não estava lá. O que pairava no ar era uma ansiedade e uma expectativa coletiva para o momento de então poderem vê-lo.

De repente abre-se um corredor em meio multidão e com o auxílio do pessoal da recepção ele consegue chegar ao palco do evento.

As atenções foram tomadas e a partir daquele momento nada mais do que se falava parecia ter lugar na memória das pessoas. Toda a programação prévia parecia ter uma função meramente introdutória, sem a preocupação de fazer sentido uma vez que o ápice do evento girava em torno dele.

Júnior acompanhava tudo do lado de fora pois só encontrou um lugar para estacionar o carro muito longe dali e quando chegou não havia mais como entrar. Silvia não notou sua falta e ainda estava chateada por não ter conseguido um lugar para se sentar.

Quando ele tomou a palavra e iniciou seu discurso o silêncio tomou conta da multidão tal era a curiosidade acerca de suas palavras. Nem tudo o que ele dizia parecia fazer sentido mas a sua eloquência - fruto de muita experiência em eventos como aquele - era formidável e tudo era tão novo e arrebatador que um misto de dúvidas e aprendizados enchia os ouvidos e corações.

Silvia acompanhava atenta a cada palavra enquanto outros timidamente começavam a tirar fotos dele.

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