sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Qualquer semelhança - final

Palavras que pareciam sementes lançadas aos corações. Erivelton dizia cada uma delas com paciência, sem pressa, embora cada uma delas fosse acompanhada por orações em espírito para que alcançassem o fim a que se propunham.

Ninguém naquele pequeno salão parecia imune ao que estava ouvindo. Era como se as palavras de Erivelton viessem acompanhadas de algo mais, algo espiritual além da simples percepção humana e de simples emoções.

Com o livro em punho, Erivelton faz um convite. Um convite que mudaria suas vidas por completo. Um convite precedido de uma decisão e ninguém que o aceitasse passaria incólume por aquele momento.

Era impossível não se sentir tocado pelo simples fato de entender o que aquilo significava. O silêncio tomou conta do local e Erivelton fez questão de deixar que assim ficasse. Parece que ele ouvia alguém mais falar além dele, com um tipo de voz que não se pode ouvir com os ouvidos.

De repente, no meio daquelas poucas pessoas, uma mão se levanta. Um homem de meia idade, aparência sofrida como se carregasse um fardo pesado em suas costas. Com algumas lágrimas lhe molhando a face caminha pelo corredor e Erivelton lhe recebe com um abraço apertado.

Com aquele ato tinha plena consciência de que seus problemas estavam apenas começando. A partir de agora ele era um cristão. Mas isso não o incomodava pois mesmo sem vê-Lo estava certo que daquele momento em diante Ele estaria junto dele todos os dias, até a consumação dos séculos.


NOTA
O blog Fora do Sistema esclarece: Este é um texto de pura ficção. Qualquer semelhança com fatos ou pessoas é mera coincidência.



Nenhum comentário: