quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Eles não sabem o que fazem

O primeiro clamor de Jesus na cruz foi o maior exemplo de inclusão e expressão de graça que a humanidade já presenciou. Como o maior advogado da eternidade ele utilizou a ignorância como motivo de perdão a um bando de homens maus, sedentos de ódio e ansiosos por agressão, tortura e morte.

Se hoje fossemos colocar em perspectiva todos os pecados existentes acredito que seria difícil encontrar alguém que pudesse ser defendido com a justificativa da ignorância.

A informação e o conhecimento fazem isso. A cada dia que passa fica mais difícil para mim e para você nos apoiarmos no simples "eu não sabia" para justificar nossos pecados. A cada novo amanhecer da história ficará mais difícil para reinos e governos se desculparem de atos de preconceito e morte com base nas premissas de falta de conhecimento. Quanto mais o sol se levantar menores as chances de dizermos que tudo acontecia bem debaixo de nossos narizes e que não tínhamos a mínima noção do que estava acontecendo e dos rumos que a sociedade tomava.

Quanto mais a verdade expressa nas palavras de Cristo forem lidas, estudadas e proferidas menores as chances dos homens maus se apoiarem na ignorância ou na intrepretação errônea para se livrarem da justiça divina.

Quanto mais o tempo passa, quanto mais distantes da cruz e mais próximos do futuro nos encontrarmos menor será o efeito do perdão pela ignorância. A proximidade da justiça faz com que a luz da verdade seja mais forte e próxima e com ela a escuridão se vai e tudo fica as claras.

Mais difícil será provar que não sabíamos o que era bem ou mal, puro ou impuro, decente ou indecente, honesto ou desonesto, certo ou errado. O que pega mesmo é a nossa cara de pau de sempre, ainda nos achamos inseridos no perdão da ignorância sem nos dar conta de que cada passo em direção a verdade diminui o efeito das nossas desculpas esfarrapadas.

Quando todas as informações estão a sua mão, quando todos os mapas são conhecidos e todos os caminhos já foram percorridos mais fácil decidir a sua direção, o seu alvo, o seu fim.

Depois que tudo tiver sido dito e feito, só o amor restará e quando o encontrarmos face a face o álibi da ignorância não valerá mais nada.

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