terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Ele morre - parte 2

Esse negócio de acessar os “extras” e escolher um final alternativo serve principalmente para as pessoas acostumadas com finais felizes. E atire a primeira pedra aquele que não gosta deles.

Senão finais felizes pelo menos a retribuição e o pagamento aos que foram maus. Algo como os antigos filmes do Charles Bronson (Desejo de Matar 1, 2, 3, 4...). O cara bonzinho que sofre todo o tipo de violência, coisas do tipo: matam sua mãe, seu pai, seu cachorro, seus filhos e ainda colocam fogo em sua casa. Dá metade do filme em diante a vingança rola solta e o que prende a atenção do público é de que forma a vingança será feita.

Outro bom exemplo são as novelas. 300 capítulos de sofrimento e perseguição aos mocinhos para que na última semana tudo se resolva e o final feliz aconteça.

Não adianta, está impregnado em nossas cabeças. No final a vitória é de quem sobrevive. Os maus morrem, são presos ou terminam em hospitais psquiátricos e outras coisas que a mente dos vingadores constroem. Os bons vivem felizes para sempre.

Nem só de novelas ou ação vivem nossas histórias. Veja as comédias e os romances. Até mesmo nos dramas o roteirista se esforça para deixar uma mensagem final otimista depois de tanto sofrimento. Afinal de contas é o final.

Como imaginar que o herói morra? Nem com muita criptonita é possível aceitar que o super-homen fracasse na frente do Lex Luthor. Definitivamente nenhum super-vilão poderia ser capaz de parar um super-herói e ninguém gosta de assistir um final assim. O lado negro da força não pode vencer.

Mas por mais esforço que se faça ou opções que procuremos ainda não conseguimos mudar o final. Ele morre.

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