sexta-feira, 5 de março de 2010

Nada de mal

Um dos nossos grandes problemas desde sempre é achar que não há nada de mal nas nossas mais perversas práticas. Temos o terrível costume de justificar ações com um simples “não há nada de mal nisso”.

Situação complicada e estúpida essa nossa, você não acha? Vivemos nos iludindo e tentando nos enganar. A maior parte de nossos pensamentos são como buscas de álibis, de desculpas que nos forneçam alívio a consciência. Damos um “google” em nossos pensamentos e o resultado da busca são milhares de páginas com o brilhante conteúdo “nada de mal”.

O “nada de mal” é ainda mais perverso na boca dos hipócritas. Nada de mal para mim que sou um santo, tudo de mal para você que deve caminhar sob o jugo da Lei nos seus mais pesados detalhes. Jugo que só pode ser mais pesado se for atado as costas dos outros.

Jesus bem sabia disso e em todas as suas conversas com Saduceus e Fariseus trazia isso a tona com seus argumentos. Para quem procura o caminho da justificação pelos seus atos Ele deixou a lição de que deveriam superar o modelo de vida destes hipócritas.

Se você é um usuário do “nada de mal” não queira encontrar o “tudo de mal” nas costas dos outros. E se você gosta de fardos pesados então também os carregue.

Espero que você não tenha achado “nada de mal” no que escrevi. E só para ficar registrado meus fardos eram pesados, eu não gostava deles. Até o dia que descobri que a cruz era o perfeito depósito de fardos. Minhas dores nas costas desapareceram e minha cerviz está amolecendo a cada dia, TUDO DE BOM.

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