segunda-feira, 1 de março de 2010

Ele morre - parte 3


O ponto final de uma vida é sempre doloroso. Em especial quando falamos de heróis, de ícones, de referências. A morte de um piloto num domingo pela manhã. Uma princesa nos destroços de um carro num túnel. Cantores que insistem em não morrer no coração e mente de seus fãs mesmo quando overdoses dizem coisa diferente.

Se o coletivo geral torce para a morte dos maus, ele sangra e sofre com o final dos bons. Mas se o final é certeza para todos, então que o final dos bons seja deslumbrante. Que o guerreiro morra na batalha, que o cantor morra cantando, que o pacificador morra buscando a paz, que o bombeiro morra resgatando e que o guarda-costas se jogue na frente da bala. Já que é para morrer, que ela tenha algum sentido. Se não há como a evitar que sofram os maus e que se encham de glórias os heróis.

Mas o que fazer quando o herói morre em favor dos maus? Esse final é esquisito, estranho. Os créditos começam a subir e a gente fica com aquela cara de paisagem repassando o filme e tentando entender o que aconteceu.

Ele morre. Mas desse jeito???

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